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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Estudos Espíritas_Homeopatia & Alopatia – Uma Perspectiva Espírita

Homeopatia  &  Alopatia – Uma Perspectiva  Espírita

Homeopatia (do grego  hómoios  + páthos = "semelhante" + "doença") é uma forma de terapia alternativa iniciada por Samuel Hahnemann (1755-1843) , em 1796 . Se baseia no princípio similia similibus curantur (semelhante pelo semelhante se cura), ou seja, o tratamento se dá a partir da diluição e dinamização da mesma substância que produz o sintoma num indivíduo saudável. A homeopatia reconhece os sintomas como uma reação contra a doença, que seria  uma perturbação da energia vital, e busca  o restabelecimento do equilíbrio. Samuel Hahnemann, em 1810, também introduziu o termo Alopatia  para descrever técnicas de tratamento que sigam o princípio "Contraria contrariis curantur"  ou Lei dos Contrários,  que seria oposto ao "Similia similibus curantur" (semelhantes são curados por semelhantes). Do prefixo grego  állos, "outro", "diferente" + o sufixo  páthos, "sofrimento").

O que apresento para vocês  é  basicamente um  resumo bem sintetizado dos Cap. 4, 5, 6, 7 e 8 do Livro “Fisiologia da Alma” do espirito Ramatis , psicografia de  Hercílio Maes, e que entendo estar diretamente  relacionado aos estudos e pesquisas que  venho fazendo sobre o períspirito.

Segundo Ramatis “ A saúde e a enfermidade são o produto da harmonização ou desarmonização do indivíduo para com as leis espirituais; as moléstias, portanto identificam que no mundo psíquico e invisível a alma esta enferma.”  O volume de sentimentos menores como ódio, cólera, inveja, luxúria, ciúme, cobiça, etc... que o espirito tenha acumulado no presente ou em vidas regressas forma uma carga pérfida e tóxica que deve ser expurgada da intimidade do perispírito.

As causas das moléstias, são ocultas aos olhos ou aos sentidos físicos; o enfermo sente o estado mórbido em si, mas o médico não o vê nem pode apálpa-lo.  Não é no momento em que o individuo apresenta os sintomas materiais da doença que realmente ele fica doente; há muito tempo ele já vivia mental e psiquicamente enfermo, embora, o seu mundo exterior ainda não houvesse tomado conhecimento do fato.

As inflamações, úlceras, tumores, fibromas, tuberculoses, sarcomas, quistos, cirroses, etc., são apenas o sinais visíveis indentificando a manifestação mórbida que “desceu” do psiquismo enfermiço para a exterioridade da matéria.

Enquanto que a principal preocupação do médico alopata é a de diagnosticar a “doença”, a fim de fazer desaparecer os sues sintomas; a homeopatia busca descobrir a origem da doença. As curas pela homeopatia não são espetaculares e tão rápidas como as que se registram com a terapêutica alopática, visto que esta suprime os sintomas dolorosos de modo brusco, embora possam ocorrer futuras recaídas. Justamente,  a impaciência e a pressa do enfermo pela cura instantânea são fatores que podem dificultar a cura do doente sob o tratamento homeopático. As doses homeopáticas quando são individualizadas com precisão pelo homeopata, não só solucionam as causas da enfermidade e depois extinguem os sintomas que afetam qualquer região orgânica, como também atuam profundamente no intimidade de todo o organismo e resolvem outros estados enfermiços que possam aparecer no futuro.

A homeopatia reeduca o organismo para manter ativa a sua defesa e proporcionar-lhes energias que serão controladas pelo próprio espírito, e que mais prontamente devem atender ao equilíbrio psicofísico.

Em geral, os doentes que buscam o médico homeopata só o fazem depois de “perder a fé” na alopatia, quando já se encontram desorientados, saturados de medicamentos e exaustos da peregrinação pelos consultórios médicos. O paciente, já em desasossego e viciado à procura de uma “doença”, submete-se a exames e mais exames, radiografias, exames clinícos, tomografias, etc...e por fim, ouça do sensato médico a afirmativa : “ O senhor nada tem de enfermidade orgânica, pois seu mal é apenas de origem nervosa”, ou (inserção feita pela autora do blog) “ seus exames nada acusam; deve ter sido uma virose”.

Na verdade, a cura pela homeopatia depende do próprio paciente, conforme o seu zelo, perseverança, paciência e confiança no tratamento prescrito pelo médico homeopata, que não é mago ou ser miraculoso, mas um cientista que opera obedecendo a leis imutáveis do governo espiritual da alma sobre o corpo físico.  O médico homeopata experimentado não se aflige em suprimir de imediato os sintomas enfermiços e atestáveis à sua capacidade objetiva, enquanto que a verdadeira causa poderá continuar latente e gerando o quadro doentio. Ele sabe que ali interferem fatores psiquicos, mentais e emotivos, que provocam choques emocionais, geram o desequilibrio orgânico e então conduzem ao estado enfermiço, cuja remoção só é possível após o tratamento profundo da causa mórbida.

O médico alopata, em geral, tende a desprezar as leis espirituais que coordenam a vida “mento-psíquica” do enfermo, assim como ignora as sutilezas  do veículo etéreo-astral, o períspirito, que preexiste e sobrevive a todas as mortes  do corpo carnal. São poucos os médicos alopatas interessados em se familiarizar com a realidade do mundo psíquico e que, acima da terapêutica acadêmica, se dispõem a sondar a intimidade espiritual do doente, cônscios de que no seu mundo oculto e imponderável é que se encontra a verdadeira origem da enfermidade.

A medicina homeopática é profundamente energética e, embora não se percebam os efeitos objetivos, as suas drogas dinamizadas produzem resultados terapêuticos decisivos. Trata-se de uma terapia definitiva, que atua através do potencial de energias livres, interpenetrando o próprio perispírito imortal do  homem e, assim, procedendo modificações de “dentro para fora”, com uma atuação que se processa desde a esfera mental até a periferia do corpo físico.

Sem menosprezar a validez alopática e a sua justa necessidade em vários casos de enfermidade, é preciso destacar o valor da homeopatia, quer quanto a sua ação no todo psicofísico do ser, quer por intervir com mais eficiência na sua esfera mental e emotiva, impondo-se pouco a pouco, como um dos métodos mais lógicos e sensatos para a manutenção da saúde.


Referência Bibliográfica:

- Fisiologia da Alma. Obra mediúnica  ditada pelo espírito Ramatis ao médium Hercílio Maes.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homeopatia