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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Refletindo sobre um jogo de futebol

Eu confesso: detesto perder! Não lido bem com a perda em qualquer situação da vida!
Quando o assunto é futebol, quando se trata do INTER, essa minha falta de habilidade de lidar com a perda, de lidar com expectativas não realizadas, aparece, me dou conta que tenho muito que aprender, muito que crescer e evoluir como pessoa!!

Ontem, Tigres X Inter pela Semifina da Libertadores da América, a derrota do Inter: era só um jogo de futebol!! Mas eu fiquei com muita raiva, frustrada, decepcionada, triste... 
Ontem, nós Colorados mais do que um jogo, perdemos a esperança de ser TRI da América, e a realização deste sonho seria o  SUCESSO! Mesmo que apenas no futebol, quem não gosta de sentir o sabor, a alegria, a felicidade do Sucesso?

Mas o pior de tudo, é perceber a felicidade e alegria dos co-irmãos com o nosso fracasso! Percebem? O fracasso de uns, é a felicidade dos outros.
Se fosse o Grêmio que estivesse no lugar do Inter, seria a mesma coisa!

A gente não suporta ver o sucesso e a felicidade do rival! 
Torcemos contra, secamos, mentalizamos e queremos o fracasso, o naufrágio do outro.
Por que será? Só para poder “tocar flauta”?

Ontem a noite, depois daquele foguetório em Porto Alegre com a desclassificação do Inter, me deitei de cabeça inchada, sem conseguir conciliar o sono, fiquei pensando a respeito. Isso acontece só no futebol? 
Ou no futebol não precisamos esconder nossas reais emoções e sentimentos; não ficamos constrangidos em expor o que esta lá no fundo de nossa alma, que é basicamente nossa incapacidade de conviver com o sucesso do vizinho? Será que é só no futebol? Ou o futebol é apenas uma extensão, o reflexo de quem realmente somos? Deixo a pergunta e a dúvida no ar, pensando que não deve ser em vão, que  Inveja é um dos sete  pecados capitais!

Eu estou aqui, ainda assimilando a minha perda futebolística; mas refletindo sobre todas as emoções e sentimentos que me invadiram a alma na noite de ontem; e, volto a confessar: não foram sentimentos bons! Por um jogo de futebol, lá estava eu sentindo muita raiva; e, uma raiva que se extendia aos gremistas, pela felicidade  deles com a minha tristeza!!
Isso me fez mal! A raiva é um sentimento que nos contamina e nos deixa mal!

De minha parte, feita essa reflexão que quis compartilhar com vocês, lhes digo: vou tentar monitorar e disciplinar meus sentimentos! Vou fazer dessa amarga experiência de ontem, um aprendizado:
1º)Vou tentar monitorar e disciplinar meus sentimentos; mesmo quando tratar-se de apenas  um jogo de futebol;
2º) A minha satisfação e felicidade NÂO PODE ESTAR CONDICIONADA à tristeza e frustação do vizinho, mesmo quando tratar-se apenas de um jogo de futebol!

Quer saber? Um jogo de futebol nunca é apenas um jogo de futebol! 
Como tudo na vida, a gente sempre tem a aprender com as nossas perdas e frustrações! Um jogo de futebol pode ser uma boa lição da Vida! 
Uma Boa Copa do Brasil para o meu INTER! 
Saudações Coloradas!


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Ser ou não Ser CHARLIE, eis a questão

Ser ou não Ser CHARLIE, eis a questão!!

No último dia 07/janeiro, logo que as rádios e a TV começaram a noticiar o atentado ao jornal/revista Charlie Hebdo que resultou no morte de 12 jornalistas,  eu fiquei me questionando sobre os reais motivos para que a revista, mesmo após já ter sofrido um atentado em 2011, continuasse a "fazer piada" com um tema tão sério. 
Pior, parece que depois disto, intensificou suas "charges" relacionadas ao Islã. 

Os noticiários fazem questão de frisar que a revista criticava a todos: cristãos, judeus, muçulmanos, sem distinção. Será?

Me pareceu tão insano "cutucar a fera com vara curta"; sabendo-se que existem tantos grupos muçulmanos extremistas, que a todo momento são protagonistas de chacinas, ataques suicidas, e tantas outras insanidades; resultado de um fanatismo radical, que utiliza - fazendo suas próprias interpretações  -  o  Alcorão para justificar seus atos covardes e abomináveis.

Hoje, lendo alguns blogs e opiniões variadas sobre o tema, descobri que na religião muçulmana, há um princípio que diz que o Profeta Maomé não pode ser retratado, de forma alguma. Esse é um preceito central da crença Islâmica, e desrespeitar isso desrespeita todos os muçulmanos.

Ora, desrespeitar a fé, a religião, as crenças dos outros, para mim é intolerância, é preconceito. É inadmissível! Não existe liberdade de expressão que justifique.

Encontrei a charge abaixo, publicada pela Charlie Hebdo. Fiquei chocada com o mau gosto, a vulgaridade, e o desrespeito àquele que é o Mestre, o fundador do Islã. E existem outras tantas, na mesma linha; basta buscar no Google.



Sou contra toda e qualquer violência!
Sou contra todo e qualquer preconceito!
Sou contra o fanatismo, o radicalismo, o extremismo! 
Sou contra a intolerância!
Tudo que é demais é ruim, faz mal!

A imprensa, em nome da liberdade de expressão, acreditar que pode tudo, esta errado! Nâo pode tudo!
A liberdade de expressão não lhes dá o direito de desrespeitar, ofender, humilhar quem quer que seja!
A Charlie Hebdo passou dos limites aceitáveis; uma lástima que ninguém percebeu, ninguém chamou-lhes a atenção, ninguém impediu!
Talvez, a tragédia da semana passada pudesse ter  sido evitada!

Não estou justificando, nem sendo a favor do que ocorreu!! Muito pelo contrário, como todos, fiquei consternada, deprimida, chocada com tanto sangue-frio, com a falta de sentimento, de valores, dos assassinos. Algo injustificável, abominável e que deve ser combatido, censurado, reprimido pelo próprio povo muçulmano, que também é vitíma desses fanáticos! Principalmente aqueles que vivem fora do mundo árabe e que convivem com o estigma de serem terroristas fanáticos e sofrem o preconceito e as dificuldades por serem adeptos do Islã. Por toda Europa já há movimentos de grupos radicais de extrema direita contra a presença e os direitos  dos muçulmanos; e na França a situação é bastante complicada em virtude do grande número de franceses muçulmanos. Lembre-se que a França colonizou a Argélia, Marrocos, Tunísia entre outros países africanos.

Maomé deve estar chorando, sofrendo, consternado por tanta violência, tanto sangue derramado, tanta intolerância, tanta bestialidade praticados em seu nome.

Jesus Cristo, igualmente deve estar chorando ao ver que de nada adiantou pregar a tolerância, a fraternidade, a alteralidade, o amor universal.

O ser humano continua irracional, violento, egoísta, preonceituoso, soberbo!
Nossos profetas, nossos mestres, nossos guias choram..
Enquanto não aprendermos a conviver e lidar com  as diferenças em harmonia, vamos continuar a enfrentar cenas de horror como as da semana passada!!
E isso me assusta!