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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

DIVAGAÇões_Morte, uma questão de ponto de vista?


DIVAGAÇÕES_Morte, uma questão de ponto de vista?

Ontem,  mais uma vez me vi refletindo sobre a "Morte". 
Por que a morte quando chega em forma de tragédia, ou para pessoas públicas, famosas, gente do bem, pessoas jovens, de forma  inesperada e trágica, choca!!
Ouvi num programa de televisão esta manhã, que a "morte" é uma questão de ponto de vista! Depende de religião, de fé, de crenças, de vivências e experiências. 
E parei para pensar sobre isso!

A morte, quando raciocinada, assusta!

Fiquei pensando nesta contradição, nessa aparente incompatibilidade de sentimentos para alguém como eu, que não apenas tem a fé e a crença, mas tem absoluta convicção de que a morte não é o fim, mas simplesmente uma troca de dimensão. Mesmo assim, quando ela chega de forma inesperada, trágica, ceifando a vida de alguém jovem, cheio de planos, com tantas coisas para fazer, ficamos perplexos, mexidos, chocados!
Fiquei tentando entender essa controvérsia de emoções e sentimentos!

Quando viemos para uma vida carnal, nós como espíritos que somos, temos uma programação reencarnatória, provas e resgates, aprendizados e tarefas a que nos propomos, tudo na busca do crescimento e aperfeiçoamento moral. Essa programação não é imutável e, ao longo da nossa vida física, ajustes vão sendo feitos de acordo com o nosso merecimento. Nossa carma pode ser ajustado para melhor ou pior, de acordo com as nossas ações, decisões, atitudes e comportamento.

Logo, não existe um determinismo, um destino escrito de forma absoluta!

A Doutrina Kardecista, assim como mensagens e psicografias recebidas do mundo espiritual nos dizem que a vida física deve ser vista como uma oportunidade de crescimento, de aprendizado, de evolução; mas que não é a nossa verdadeira vida; assim como a Terra não é a nossa verdadeira morada!

A morte física de alguém que amamos, ou de algum desconhecido, mas que de alguma forma nos toca, além de nos fazer refletir sobre a nossa própria finitude, nos faz conscientes de como é tênue e frágil o fio que separa a vida da morte. Num instante, estamos vivos, em outro instante, resta um corpo inerte, sem brilho, sem consciência, sem a essência da vida, o nosso EU inteligente...é o Fim! 

A consciência da nossa finitude e o medo do desconhecido, do que vem a seguir... Eis o primeiro motivo pelo qual a morte nos assusta!

Ainda que tenhamos a crença de que só o corpo físico que efetivamente morre, a perda do contato físico, do contato visual com a pessoa que partiu, nos traz a dor da ausência, da saudade, a dor sobre o que poderia ter sido e não foi....  

Este é o segundo motivo pelo qual acredito, independente das nossas crenças, a morte nos faz sofrer!

Porque quando morre um idoso, alguém de idade avançada, sentimos a perda, mas não ficamos perplexos, inconformados? Por que sabemos tratar-se de pessoas que tiveram a chance de viver na sua totalidade, tiveram suas oportunidades.
Este é o terceiro motivo...quando alguém morre, suas oportunidades findam!

Assim que para mim, a  morte não é uma questão de ponto de vista! (Não nosso mundo ocidental!)
A morte é invariavelmente  irreversível e triste, alguma vezes trágica, nos deixando chocados, inconformados, perplexos. Isso independe de suas crenças e convicções!
Independe de como você a define, como a percebe!

O que pode mudar são nossas atitudes diante dela: a maneira de como buscamos o entendimento, o conforto, o consolo e a força para seguir adiante....

Aquele que acredita que não morremos, mas trocamos de dimensão, sabe que haverão novas oportunidades, novos encontros, novas vidas! Sabe que estamos aqui de passagem!
E isto consola e conforta nossos corações.....