RACISMO : Esta semana que passou, novamente
a pauta nas mídias foi o racismo, em função de fatos acontecidos no
Arena do Grêmio, no jogo contra o Santos.
É inacreditável que em pleno sec.
XXI ainda se discuta e se veja tanta
ignorância em torno desse tema.
Segundo os dicionários, o racismo caracteriza-se como um sistema
segregacionista por natureza, uma ideologia que prega a supremacia de um povo,
de uma raça, ou mesmo de uma cultura sobre outras, expressando-se de diversas
maneiras: em nível cultural, religioso, biológico.
É um fenômeno de caráter universal. Os judeus, na Antigüidade,
comportavam-se de modo racista ao se considerarem como o povo eleito pelo
Deus-Jeová e ao discriminarem os outros povos, chamados por eles de gentios. Para
os romanos, todo aquele que não participasse de sua cultura era chamado
pejorativamente de bárbaro. Os espanhóis, que trucidaram os povos
pré-colombianos, consideravam-nos como seres inferiores, o mesmo ocorrendo no
Brasil com os bandeirantes portugueses em relação aos indígenas brasileiros e,
posteriormente com a escravidão de negros trazidos da África. Historicamente, uma
forma de justificar o domínio de determinados povos sobre outros, como se
verifica no período de escravidão, colonialismo, e nos genocídios (crimes
contra a humanidade) ocorridos ao longo da história.
No século XX, algumas formas de racismo como o Nazismo
e o Apartheid marcaram a história: a Alemanha nacional-socialista,
que perseguiu e exterminou judeus, ciganos, eslavos, etc. A intenção dos
nazistas era exterminar os judeus, com base em argumentos sobre a superioridade
da raça germânica. O anti-semitismo (racismo contra judeus) levou a uma
perseguição desenfreada e exterminação de milhões de judeus e de outros povos,
culminando na Segunda Guerra Mundial.
Já o “ apartheid” (significando "separação") foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos
sucessivos governos do Partidos Nacional da África do Sul, no qual os direitos da grande maioria dos
habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.
No Brasil, o racismo é ainda velado, camuflado e acobertado pelo mito da “democracia racial”;
é um estigma, presente na mente do povo brasileiro e que faz parte do cotidiano
de todos nós. Parece absurdo, impossível,
que um país onde sua população seja fruto
de uma miscigenação de raças, país de uma grande maioria de mestiços, exista tanto preconceito racial: os negros
brasileiros ainda enfrentam muitas dificuldades para superarem as
discriminações no mercado de trabalho e na sociedade em geral. Mesmo com o
reconhecimento da igualdade formal perante a lei, na prática os negros não
conseguem facilmente as mesmas posições
que os brancos, principalmente no plano econômico.
Diferentemente dos Estados Unidos onde o sentimento de
ódio e de discriminação sempre foram mais latentes, aqui os negros são vítimas do "apartheid social" que sempre sufocou o
país, estabelecendo um grande distanciamento entre ricos e pobres, brancos e
negros.
O racismo é, antes de tudo, uma
demonstração de atraso espiritual e desconhecimento das leis divinas, as leis
universais. Mas infelizmente, se lermos o Livros dos Espíritos com um pouquinho
de atenção, perceberemos que até Alan Kardec – o codificador
da Doutrina Espírita - fez
distinção entre as etnias europeias, tidas por ele como civilizadas e superiores, e as etnias de outros
continentes consideradas por ele inferiores.
Kardec acreditava de que chineses seriam inferiores a europeus e que os povos das Américas e África seriam mais atrasados ainda.
Entretanto, as comunicações dos espíritos publicadas nas obras não fazem distinção sobre a capacidade dos homens encarnados neste mundo; para os espíritos todos somos seres em aperfeiçoamento e desenvolvimento moral, portanto o preconceito fica a cargo do codificador da obra, e não dos espíritos que lhe revelaram a doutrina.
O progresso e a evolução da humanidade passa,
necessariamente, pela abolição de toda e qualquer forma de preconceito. O
homem é um ser cósmico, um cidadão do universo; somos todos iguais na essência, na origem e perante
aos olhos do Pai Maior.
A cor da sua pele, seu tipo de cabelo, sua posição
social, as riquezas materiais que possui , não fazem a menor diferença diante das
Leis Universais.
O que realmente importa é quem você é, seu caráter,
seus valores, suas virtudes, o Bem que você
faz, o amor que compartilha, a caridade que pratica.
Racismo é coisa de Ignorante!!
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